"Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas". Mateus 19:14
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Santa Missa passo a passo
Uma definição muito interessante da missa foi dada pelo papa São João Paulo II, quando disse ser “a missa o céu na terra” (SCOTT HAHN (2014, p. 09) e na mesma obra, explicou que “a liturgia que celebramos na terra é misteriosa participação na liturgia celeste” e realmente o é, pois, nela ouvi-se Deus, se é alimentado por ele e entra-se em comunhão com o coro dos Anjos e a comunidade dos Justos, ou seja, dos Santos, que dia e noite participam da grande missa presidida pelo Cordeiro no céu (cf. Ap 19, 9).
Para tanto, a missa possui um rito próprio, dinâmico e pedagógico, capaz de conduzir o fiel à contemplação do céu, mesmo estando com a sua estrutura corpórea na terra. Por esta perspectiva, a Santa missa é organizada em quatro partes bem definidas, objetivando que a Igreja reunida em comunidade celebrante possa experimentar os tesouros que emanam na celebração, do seio da Trindade Santa!
Por este viés, a Santa missa se inicia com os chamados ritos iniciais, compostos pela saudação à Santíssima Trindade, Ato penitencial que pode acontecer em quatro fórmulas diferentes, o glória, que é cantado em domingos e festas e a oração de coleta ou oração do dia, que conclama para uma tomada de consciência sobre a celebração corrente. São os chamados momentos dos inícios da Celebração Eucarística!
A segunda parte da missa é a conhecida liturgia da Palavra, onde o próprio Deus se faz catequista do seu povo e o forma, através da primeira leitura, que geralmente é do Antigo Testamento, do salmo, que é uma forma de musicalidade da palavra, a segunda leitura - proclamada nos domingos e festas e o Evangelho, que devido ao grau de importância, uma vez que ele é composto pelas palavras e ações de Jesus, é precedido de um canto que o aclama, a comunidade é formada pelo próprio Senhor. Em seguida é feita a homilia, que é uma maneira de interpretação e atualização das leituras proclamadas, seguida do creio, que também é rezado em domingos e festas e essa parte é concluída com as preces, onde a comunidade reunida, após ouvir Deus, lhe dirige, em nome de Jesus, os seus pedidos, na confiança filial.
Seguidamente abre-se outra parte da Santa Missa, chamada liturgia eucarística, com a apresentação dos dons ou ofertório. Esse rito é muito importante, por que, o povo de Deus, reunido em igreja celebrante, oferece ao Pai os frutos do seu trabalho. Aqui o presidente da Santa Missa prepara o altar (mesa) para oferecer ao Pai os dons (pão e vinho) apresentados pelo povo, que serão transubstanciados, pelas palavras de consagração e pela ação do Divino Espírito, em corpo e sangue de Jesus, o Senhor!
Essa parte, que é conhecida como o centro da Missa, só termina com a oração pós-Comunhão. Porém, antes da distribuição da Sagrada Comunhão, é aberto um rito, chamado de comunhão, onde todos rezam o Pai nosso e rezam pela paz e é motivado, pelo presidente da Santa Missa, para que se ofereça e receba o abraço da paz!
E a quarta e última parte da Santa missa é a conhecida como ritos finais. Nesse momento são realizados os encaminhamentos das atividades pastorais da Igreja naquele lugar. Seguidamente é dada a benção de Deus, pelas mãos do ministro presidente. Assim se conclui a missa católica; um rito simples, não muito demorado e carregado de simbolismo e significados e como bem se expressou Adélia Prado, 2007 (ZENIT.org), ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma necessidade vital, que “a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum”.
Deste modo, a missa possui uma estrutura bem definida, com partes específicas e profundamente conexionadas, as quais não devem ser mexidas, alteradas ao bel querer de quem quer que seja, mas jamais a Santa Missa é algo estático; ao contrário, ela é bastante “flexível”, pois com os cantos, as fórmulas próprias e a maneira de ser executada, a exemplo das orações eucarísticas, que podem representar uma novidade sempre corrente à comunidade celebrante e pode levar a todos a um grande envolvimento celebrativo!
REFERÊNCIAS
BÍBLIA DE JERUSALÉM. 6ª ed. São Paulo: Paulus, 2010.
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