quinta-feira, 23 de março de 2017

Via Sacra para Crianças

Primeira Estação: Jesus agoniza no monte das Oliveiras 
(Mc. 14, 26-37)
Leitura:
Após o canto dos salmos, saíram para o Monte das Oliveiras. Chegaram a uma propriedade chamada Getsémani, e Jesus disse aos discípulos: «Ficai aqui enquanto Eu vou orar.» Tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir pavor e a angustiar-se. E disse-lhes: «A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai.» Adiantando-se um pouco, caiu por terra e orou para que, se possível, passasse dele aquela hora. E dizia: «Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres.» Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir.
Comentário: 
Depois da Última Ceia, Jesus está em grande sofrimento. Ele sabe bem que o esperam dias e horas muito difíceis. Todavia, Jesus reza ao Pai. E obedece à sua vontade.·

Segunda Estação : Jesus atraiçoado por Judas, é preso
(Mc. 14, 43-46)
Leitura: 
Ainda Ele estava a falar, chegou Judas, um dos Doze, e, com ele, muito povo com espadas e varapaus, da parte dos sumos-sacerdotes, dos doutores da Lei e dos anciãos. Ora, o que o ia entregar tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beijar é esse mesmo; prendei-o e levai-o bem guardado.» Mal chegou, aproximou-se de Jesus, dizendo: «Mestre!»; e beijou-o. Os outros deitaram-lhe as mãos e prenderam-no.
Comentário: 
Um dos amigos de Jesus, dá-lhe um beijo. Um beijo que devia significar amizade, mas que de facto foi um sinal de traição.

Terceira Estação:  Jesus é condenado pelo Sinédrio
(Mc. 14, 53-64)
Leitura: 
Conduziram Jesus a casa do Sumo-sacerdote, onde se juntaram todos os sumos-sacerdotes, os anciãos e os doutores da Lei. Ora os sumos-sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus a fim de lhe dar a morte, mas não o encontravam; de facto, muitos testemunharam falsamente contra Ele, mas os testemunhos não eram coincidentes. O Sumo-sacerdote ergueu-se no meio da assembleia e interrogou Jesus: «Não respondes nada ao que estes testemunham contra ti?» Mas Ele continuava em silêncio e nada respondia. O Sumo-sacerdote voltou a interrogá-lo: «És Tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?» Jesus respondeu: «Eu sou». O Sumo-sacerdote rasgou, então, as suas vestes e disse: «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?» E todos sentenciavam que Ele era réu de morte.
Comentário:
Bem de manhãzinha, como de costume, Jesus estava acordado. E foi chamado a responder, diante das autoridades religiosas daquele tempo. Jesus ouve do que não gosta. É acusado injustamente. E cala-se. O seu olhar de amor fala por si.

Quarta Estação: Jesus é renegado por Pedro
(Mc. 14, 66-72)
Leitura:
Estando Pedro em baixo, no pátio, chegou uma das criadas do Sumo-sacerdote e, vendo Pedro a aquecer-se, fixou nele o olhar e disse-lhe: «Tu também estavas com Jesus, o Nazareno.» Mas ele negou, dizendo: «Não sei nem entendo o que dizes.» Depois, saiu para o átrio e um galo cantou. A criada, vendo-o de novo, começou a dizer aos que ali estavam: «Este é um deles.» Mas ele negou outra vez.Pouco depois, os presentes disseram de novo a Pedro: «Com certeza que és um deles, pois também és galileu.» Ele começou, então, a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem de quem falais!» E logo cantou o galo pela segunda vez. Pedro recordou-se, então, das palavras de Jesus: «Antes de o galo cantar duas vezes, tu me terás negado três vezes.» E desatou a chorar.
Comentário:
Pedro faz de conta que não conhece Jesus. Acorda, de manhã cedo, e começa logo a negar que é amigo de Jesus.

Quinta Estação: Jesus é julgado por Pilatos
(Mc. 15, 1-14)
Leitura: 
Logo de manhã, os sumos sacerdotes reuniram-se em conselho com os anciãos e os doutores da Lei e todo o Sinédrio; e, tendo manietado Jesus, levaram-no e entregaram-no a Pilatos. Perguntou-lhe Pilatos: «És Tu o rei dos Judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes.» Os sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. Pilatos interrogou-o de novo, dizendo: «Não respondes nada? Vê de quantas coisas és acusado!» Mas Jesus nada mais respondeu, de modo que Pilatos estava estupefacto. Tomando novamente a palavra, Pilatos disse-lhes: «Então que quereis que faça daquele a quem chamais rei dos judeus?» Eles gritaram novamente: «Crucifica-o!» Pilatos insistiu: «Que fez Ele de mal?» Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!»
Comentário: 
Logo de manhã, Jesus é interrogado e julgado pelo poder político do seu tempo. Jesus não responde às provocações. Apesar de ser «rei» não se arma, com poder e triunfo. Até o próprio Pilatos, reconhece que Jesus não fez nada de mal.

Sexta Estação:  Jesus é flagelado e coroado 
(Mc. 15, 15)
Leitura: 
Pilatos, desejando agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás; e, depois de mandar flagelar Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Comentário: 
Começam a doer mais os sofrimentos de Jesus. Jesus sabe que aquele dia, vai ser muito difícil. Mas deixa-se guiar pelo amor.

Sétima Estação : Jesus carrega a cruz
(Mc. 15, 20)
Leitura: 
Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e revestiram-no das suas vestes. Levaram-no, então, para o crucificar.
Comentário: 
Ainda de manhã, Jesus carrega a Cruz. E é triste vê-lo sem o seu manto. Ficar quase nu, à vista de todos.·

Oitava Estação : Jesus é ajudado pelo cireneu
(Mc. 15, 21)
Leitura: 
Para lhe levar a cruz, requisitaram um homem que passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo.
Comentário: 
Jesus aceita a ajuda de um homem, para levar a sua Cruz.·

Nona Estação : Jesus fala às mulheres de Jerusalém· 
(Lc. 23, 27-30)
Leitura:
Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que batiam no peito e se lamentavam por Ele. Jesus voltou-se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos;
Comentário: 
As mulheres estavam bem próximas de Jesus. E Jesus olha para elas, com amor. Lembrando que é mais triste pecar e ofender a Deus, do que carregar uma Cruz.

Décima Estação : Jesus é crucificado
(Mc. 15, 22-27)
Leitura: 
E conduziram-no ao ‘lugar do Crânio’. Queriam dar-lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não quis beber. Depois, crucificaram-no e repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um.
Comentário: 
Foi tudo muito rápido. Queriam dar a Jesus uma espécie de vinagre, para prolongar os sofrimentos. Jesus não quis beber. E aceitou a companhia de dois ladrões.·

Décima Primeira Estação : Jesus promete o seu reino ao bom ladrão
(Lc. 23, 39-43)
Leitura: 
Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.» Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.» E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.» Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.»
Comentário: 
Jesus não está a pensar só nos seus sofrimentos. Ele é capaz ainda de olhar para o lado e de ver o sofrimento dos outros. Ele lembra-se do bom ladrão.

Décima Segunda Estação ;  Jesus na cruz, a mãe e o discípulo
(Jo. 19, 25-27)
Leitura: 
Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Comentário: 
Mesmo com sofrimentos terríveis, Jesus está preocupado com a sua Mãe. José, o pai de Jesus, teria já morrido. Maria estava sozinha, junto de Jesus, quando todos os outros fugiram e se esconderam com medo. Jesus confia a sua Mãe a um amigo muito especial. E confia o seu amigo, à sua Mãe.

Décima Terceira Estação: Jesus morre na cruz
(Mc. 15, 33-37)
Leitura:
Às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste»? Ao ouvi-lo, alguns que estavam ali disseram: «Está a chamar por Elias!» Um deles correu a embeber uma esponja em vinagre, pô-la numa cana e deu-lhe de beber, dizendo: «Esperemos, a ver se Elias vem tirá-lo dali.» Mas Jesus, com um grito forte, expirou.
Comentário: Façamos silêncio. Ouvimos a nossa respiração. Jesus morreu para ressuscitar e fazer respirar o seu amor no nosso coração.·
(silêncio total)

Décima Quarta Estação: Jesus é colocado no sepulcro
(Mc. 15,42-46)
Leitura: 
Ao cair da tarde, visto ser a Preparação, isto é, véspera do sábado, José de Arimateia, foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos espantou-se por Ele já estar morto e, mandando chamar o centurião, perguntou-lhe se já tinha morrido há muito. Informado pelo centurião, Pilatos ordenou que o corpo fosse entregue a José. Este, depois de comprar um lençol, desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele. Em seguida, depositou-o num sepulcro cavado na rocha e rolou uma pedra sobre a entrada do sepulcro.
Comentário: Jesus está sepultado. É como uma semente de trigo que é lançada à terra. Aí morre, para dar muito fruto.











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