A Estrutura da Liturgia Eucarística
A estrutura fundamental que se conservou ao longo dos séculos até aos nossos dias, desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade básica:
1. A Liturgia da Palavra
2. A Liturgia Eucarística
Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem juntas “um só e mesmo ato de culto”, com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor. (CIC 1347)
Estrutura da Liturgia Eucarística - Completa
Ritos Iniciais
• Canto de Entrada
• Saudação
• Ato Penitencial
• (Kyrie, eleison - Senhor Tende piedade)
• Glória
• Oração (Coleta)
Liturgia da Palavra
• 1ª Leitura
• Salmo
• 2ª Leitura
• Evangelho
• Homilia
• Oração Universal (Profissão de Fé)
Liturgia Eucarística
• Preparação das Oferendas
• Lavabo
• Oração sobre as Oferendas
• Oração Eucarística
• Prefácio
• Epiclese
• Narrativa da Ceia
• Anamnese
• Oblação
• Intercessões
• Doxologia Final
• Comunhão
• Pai Nosso
• Rito da Paz
• Fração do Pão
• Procissão para a Comunhão
• Oração depois da Comunhão
Ritos Finais
• Avisos
• Benção
• Despedida
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Participando da Missa Passo a Passo
Participando da Missa (Passo a Passo)
A Missa é simultaneamente sacrifício de louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação. Nela se encontra tanto o ápice da ação pela qual Deus santificou o mundo em Cristo, como o do culto que os homens oferecem ao Pai, adorando-o pelo Cristo, Filho de Deus.
A celebração da Eucaristia é uma ação de toda a Igreja, onde cada um deve fazer tudo e só aquilo o que lhe compete, segundo o lugar que ocupa no Povo de Deus.
Comentário Introdutório: É feito pelo comentarista da celebração e marca de certa maneira, o inicio da Santa Missa (A celebração, de fato, só tem inicio com o Sinal da Cruz, logo após a procissão e o beijo no Altar). Em algumas comunidades é precedido pelo som do sininho, que indica aos fieis presentes para que interrompam suas orações particulares e se unam na Oração Oficial e Comum da Igreja.
O comentário inicial convida a participação coletiva dos fieis e visa criar um ambiente propício para oração e a fé. Em geral, o comentário situa os presentes num determinado “tema” que será abordado mais profundamente nas leituras da Bíblia, durante o Rito da Palavra.
A assembleia pode ouvir o comentário sentada,
Canto de Entrada: Toda assembleia de pé. Tem a função de abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir os fieis no Mistério do tempo litúrgico ou da festa e acompanhar a procissão do Bispo, do(s)sacerdote(s), do(s) diácono(s) e dos ministros.
Se houver uso de incenso, prossegue até que o altar seja incensado.O Canto de Entrada deve ser um canto que trate do mesmo assunto e motivo da celebração. Os instrumentos musicais terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto não devendo cobrir as vozes. Todo este canto como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas. O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar.
O ideal é que não falte, porém não havendo canto de entrada, a antífona proposta pelo Missal é recitada pelos fieis, leitor ou pelo Sacerdote.
Antífona de Entrada: São breves palavras que o sacerdote ou diácono fazem para introduzir os fieis na Missa do dia. Em regra, costuma a ser um versículo bíblico que tenha total ligação com o “tema” da missa, com as leituras que serão feitas durante o Rito da Palavra.
Saudação: Toda a assembleia de pé. É um gesto de boas vindas feito pelo presidente da celebração recebendo a todos com alegria. Após a saudação a assembleia responde: “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”.
Ato Penitencial: Toda a assembleia de pé. Todos são convidados pelo sacerdote a reverem suas faltas, permanecendo-se em silêncio por um tempo. Neste Ato Penitencial, os pecados Veniais (leves) são perdoados de acordo com a vontade. Pode ser recitado ou cantado, conforme convite do presidente. Se cantado sua melodia deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto e os instrumentos devem o acompanhar de modo suave, quase imperceptível.
No domingo de Ramos pode ser substituído pela procissão. Na Quarta feira de Cinzas é substituído pela imposição das cinzas ou pode também ser substituído pela benção e aspersão da água.
Este Ato é introduzido pelo sacerdote e concluído com a absolvição, também pelo sacerdote que se inclui para deixar claro que não se trata do sacramento da Penitência.
Kyrie, eleison - Senhor Tende piedade: Toda a assembleia de pé. Depois do Ato Penitencial inicia-se o Kyrie, eleison, a não ser que já tenha sido rezado ou cantado no próprio ato penitencial. Nele os fieis aclamam o Senhor, imploram a sua misericórdia e também louvam ao Senhor Jesus pelo perdão, (por olhar por nós com Sua misericórdia). Por via de regra, dada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo nem incluído mais repetições. Se não for cantado, seja recitado.
Glória: Toda a assembleia de pé. É o hino antiquíssimo (século II) pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. É um louvor as três pessoas da Santíssima Trindade, cantado ou recitado nas Missas dominicais, solenidades ou nas festas dos santos. No tempo do Advento e Quaresma não se reza nem se canta o Glória. Também não se diz nos dias de semana porque perderia o sentido solene. As vezes são cantados uns hinos um pouco diferentes.
- Há uma proibição explícita de se substituir o texto do hino do Glória por outro texto qualquer (cf. n.53 da IGMR) o mesmo acontece com o Santo e o Cordeiro de Deus.
- Não é lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus, por outros cantos (cf. n. 366 da IGMR).
Oração (Coleta): Toda a assembleia de pé. Esta oração encerra o rito inicial da Missa. O sacerdote convida o povo a rezar (quando ele diz, Oremos); todos se conservam em silêncio com o sacerdote por alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar “coleta”, pela qual se exprime a índole da celebração. A assembleia conclui a oração com o Amem. Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.
A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo, revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual; e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos fiéis. Pelo silêncio e pelos cantos o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ela adere pela profissão de fé; alimentado por essa palavra, reza na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro (cf. n. 55 da IGMR).
1a Leitura: Toda a assembleia sentada. É normalmente tirada dos livros históricos e proféticos da Bíblia; anuncia a salvação que se realizara plenamente em Jesus Cristo. Esta leitura é proclamada da mesa da Palavra (Ambão) por um fiel ou religioso(a). No final da leitura o leitor diz "Palavra do Senhor" e todos juntos respondem a aclamação "Graças a Deus".
Salmo: Toda a assembleia sentada. Está leitura é proclamada ou cantada da mesa da Palavra (Ambão) ou outro lugar adequado por um fiel ou religioso(a). É parte integrante da liturgia da palavra, oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da palavra de Deus.
O Salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado do lecionário. O salmista profere os versículos do Salmo perante toda a assembleia que responde dizendo ou cantando o refrão.
2a Leitura: Toda a assembleia sentada. Em geral é tirada das cartas dos apóstolos, que apresentam à comunidade o mistério de Cristo e exortam a vivê-lo. Esta leitura é proclamada da mesa da Palavra (Ambão) por um fiel ou religioso(a). No final da leitura o leitor diz "Palavra do Senhor" e todos juntos respondem a aclamação "Graças a Deus".
Canto de Aclamação ao Evangelho: Toda a assembleia de pé. Esta aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, através da qual a assembleia dos fieis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. O Aleluia é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma, sendo iniciado por todos ou pelo grupo de cantores ou cantor, podendo ser repetido. No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário. Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual. (cf. n.62 da IGMR).
O Sinal da Cruz: Toda a assembleia de pé. O sacerdote ou diácono faz o sinal da cruz sobre o Lecionário ou Evangeliário e também, sobre a testa, sobre a boca e sobre o peito (neste caso, rezando em silêncio: "Pelo sinal da Santa Cruz, livre-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos"); e cada fiel se persigna com três sinais da cruz, um sobre a testa, um sobre a boca e um sobre o peito, pedindo a Deus que purifique os nossos pensamentos, as palavras que brotarão das nossas bocas, e o nosso coração. Não é necessário fazer o quarto sinal da cruz no final.
Evangelho: Toda a assembleia escuta de pé. O Evangelho é proclamado pelo Padre ou Diácono. É o ponto culminante da Liturgia da Palavra. A Palavra de Deus é sinal de presença de Cristo e deve ser proclamada em toda celebração. Para se dar mais destaque ao anuncio da Palavra de Jesus, é bom que dois ministros ou acólitos segurem uma vela em cada lado do Ambão onde o diácono (ou o sacerdote) se faz a proclamação do Evangelho.
Homilia: Toda a assembleia sentada. A Homilia (que significa conversa familiar) é feita pelo Bispo, Padre ou pelo Diácono. Diferente do sermão ou de outra forma de pregação, ela tem o objetivo de relacionar o texto com a vida dos fieis. O ministro da celebração traz a mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fieis para praticar o que ela propõe.
Oração Universal (Profissão de Fé): O símbolo ou profissão de fé tem por objetivo levar todo o povo reunido a responder à palavra de Deus anunciada da sagrada Escritura e explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé através de fórmula aprovada para o uso litúrgico, recordar e professar os grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua celebração na Eucaristia. Não pode faltar nas Missas dominicais, nas solenidades, na celebração do Batismo, da Crisma e Primeira Comunhão. É um absurdo substituir o Creio por formulações que não expressam a fé como é professada nos símbolos mencionados.
Oração dos fieis: Toda a assembleia de pé. As intenções devem relacionar-se com o tema do Evangelho, com as necessidades da Igreja, com os poderes públicos, com os que sofrem qualquer dificuldade, com a comunidade local. Pode ser cantada, em ladainha, fórmulas, espontâneas. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem conforme combinado. Esta oração vem logo após a homilia ou a oração de Creio. Cabe ao sacerdote introduzir esta oração por meio de uma breve exortação e concluindo com uma suplica.
Com a Oração Universal dos Fiéis concluímos o primeiro momento da celebração, a Liturgia da Palavra. Todas as atenções da comunidade reunida estavam voltadas para o anúncio da Palavra: o lecionário, o Ambão, os leitores, a homilia... próprios do momento da Palavra. O Altar, embora ocupando a centralidade do presbitério, ainda não é o centro da ação litúrgica. Por isso, tanto os leitores como o presidente da celebração fazem uma inclinação profunda para o altar, antes de subir até o Ambão para as leituras e a proclamação do Evangelho.
Concluída a Oração Universal dos Fiéis, todas as atenções se voltam para o Altar, para onde, agora todos convergem: o presidente, os ministros, a assembleia.
A Liturgia Eucarística consiste essencialmente na ceia sacrifical que, sob os sinais do pão e do vinho, representa e perpetua no altar o sacrifício pascal do Cristo Senhor.
Sacrifício e ceia estão unidos de modo tão íntimo que, no momento mesmo em que se realiza e oferece o sacrifício, ele é realizado e oferecido sob o sinal da ceia.
Por conseguinte, são dois os momentos principais da Liturgia Eucarística: a grande oração eucarística, dentro da qual se realiza e se oferece o sacrifício, e a santa comunhão, com a qual se participa plenamente, na fé e no amor, do próprio sacrifício.
O altar é o centro visível da liturgia eucarística.
Estrutura da Liturgia Eucarística
• Preparação das Oferendas
• Lavabo
• Oração sobre as Oferendas
• Oração Eucarística
• Prefácio
• Epiclese
• Narrativa da Ceia
• Anamnese
• Oblação
• Intercessões
• Doxologia Final
• Comunhão
• Pai Nosso
• Rito da Paz
• Fração do Pão
• Procissão para a Comunhão
• Oração depois da Comunhão
•Ritos Finais
• Avisos
• Benção
• Despedida
Preparação das Oferendas: Toda a assembleia sentada. No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas (pão e vinho) que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo.
Primeiramente prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência.
A seguir, trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar.Embora os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado espiritual.
Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.
O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas (cf. n. 37, b) e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada (cf. n. 48). O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão dos dons.
• Sentido das gotas de água no vinho: Toda a assembleia sentada. O vinho, segundo a Sagrada Escritura, lembra a Redenção pelo sangue e de modo particular a Paixão de Cristo, ao passo que a água traz a mente o povo de Deus salvo das águas e o novo povo de Deus nascido das águas do Batismo.
Assim como as gotas de água colocadas no vinho somem totalmente, são assumidas pelo vinho, transformadas, por assim dizer, em vinho, no Sacrifício da Missa nós devemos entrar em Cristo, Identificar-nos com Ele, fazer-nos um com Ele.
• Lavabo: Toda assembleia sentada. O sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.
• Oração sobre as Oferendas: Toda assembleia de pé. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a Oração eucarística com o convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote, e com a oração sobre as oferendas.
Toda a assembleia de pé. A Oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembleia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. Forma um todo, que comporta diversos elementos:
• Santo: Toda a assembleia de pé. É parte própria da Oração Eucarística, e é proferida ou cantada por toda assembleia com o sacerdote, antes da consagração.
É um rito da Santa Missa. Não podemos perder o sentido original da grande aclamação a Deus, dizendo Três vezes “Santo”.
Esta repetição, é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade. É como se dissesse “Deus é santíssimo”.
Nós cantamos/rezamos o cântico que os serafins proclamaram diante do trono celeste (Is 6,3).
1No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito elevado; as franjas de seu manto enchiam o templo. 2 Os serafins se mantinham junto dele. Cada um deles tinha seis asas; com um par (de asas) velavam a face; com outro cobriam os pés; e, com o terceiro, voavam. 3 Suas vozes se revezavam e diziam: Santo, santo, santo é o Senhor Deus do universo! A terra inteira proclama a sua glória! 4 A este brado as portas estremeceram em seus gonzos e a casa, encheu-se de fumo.
É o reforço de expressão para significar o máximo da Santidade. Faz parte integrante da Oração Eucarística.
Existem ao menos três elementos fundamentais:
1 – A santidade de Deus – Santo, Santo, Santo, Senhor Deus...
2 – A majestade de Deus – O céu e a terá proclamam a vossa glória
3 – A imanência de Deus – Bendito o que vem em nome do Senhor...
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